Os acolhe e protege. O chão lhes forra
A pelle do tapir; continua chamma
Lhes suppre a luz do sol. É uso antigo
Do guayanaz que chega a extrema edade,
Ou de mortal doença accomettido,
Não expirar aos olhos de outros homens;
Vivo o guardam no bojo da igaçaba,
E á fria terra o dão, como se fora
Pasto melhor (melhor!) aos frios vermes.
Do almo, doce licor que extrahe das flores
Mãe do mel, iramaya, larga cópia
Pelos robustos membros lhe coaram
Seis anciãs datribu. Rubras pennas
Na vasta fronte e nos nervosos braços
Garridamente o enfeitam. Longa e forte
A mussuranna os rins lhe cinge e aperta.
Entra na praça o funebre cortejo.
Olhar tranquillo, inda que fero, espalha
O indomado captivo. Em pe, defronte,
Grave, silencioso, ao sol mostrando
De feias cores e vistosas plumas
Singular harmonia, aguarda a víctima
O executor. Nas mãos lhe pende a enorme
Tagapema enfeitada, arma certeira,
Arma triumphal de morte e de exterminio.