Toda é outra; a alma lhe morre,
Mas de um contínuo morrer,
E não ha magua mais triste
De quantas podem doer.
Os que out′rora a desejavam,
Antes delia mal haver,
Vendo que chora e padece,
Rindo, se põem a dizer:
«— Remador vae na canoa,
Canoa vae a descer...
Piranha espiou do fundo
Piranha, que o vae comer.
«Ninguem se fie da braza
Que os olhos veem arder
Sereno que cae de noite
Ha de fazel-a morrer.
Panenioxe, Panenioxe,
Não lhe sabias querer.
Quem te pagara esse golpe
Que lhe vieste fazer!»