E as duas ficavam de boca entreaberta, admirando aqueles assombros.
Um dia Narizinho gritou da sua janela:
— Emilia, estou com vontade de perder o medo e montar nele tambem. Que acha?
— Pois venha, boba! Não ha bicho mais manso que este. A Historia Natural de dona Benta está errada. Não vê que faço dele gato e sapato?
— Sim, mas você é de pano e eu não. Sou de carne...
— Por dentro; por fóra é de pano como eu — os vestidos. Faça de conta que é de pano inteirinha e venha. Ele tem reparado muito a sua ausencia, está até sentido. Venha, e diga a Pedrinho e Cléo que venham tambem
Narizinho, Pedrinho e Cléo entreolharam-se com uma vontade louca de aceitar o convite.
— Vamos? disse Narizinho já meio decidida.
— Vamos! responderam os outros corajosamente.
Minutos depois estavam os tres repimpados no lombo do rinoceronte.
— Falta Rabicó! berrou a Emilia. E pôs-se a chamar: Rabicó! Rabicó! Não seja bobo, venha, tambem!...
Mas Rabicó estava a duzentos metros dali, no pasto, espiando a cena por detrás dum cupim. Não vê que ia!
As brincadeiras com o rinoceronte repetiam-se diariamente, por horas. Além das passeatas, inventaram novas coisas, como, por exemplo, faze-lo puxar