— Que é que ha? perguntou-lhe a boneca ao ouvido.
— Aquele homem louro é o meu dono, respondeu o paquiderme, e veiu buscar-me. Estou triste porque gosto muito mais daqui do que do circo...
Emilia abespinhou-se toda, lançando um olhar terrivel para os dois intrusos. Refletiu uns instantes e depois disse:
— Não se aborreça. Darei um geito desses piratas saírem ventando ainda mais depressa que os caçadores. Disse e desceu, dirigindo-se para a varanda, onde ficou atrás duma das colunas, escutando a conversa dos homens com a velha.
— Pois não haja duvida, dizia dona Benta. Se o animal é seu; póde leva-lo, apesar de que está muito acostumado aqui e não nos incomoda em nada.
— Muito bem, disse o alemão. Vou leva-lo já.
Ao ouvir aquilo Emilia não se conteve. Saíu detrás da coluna, plantou-se deante do homem, de mãozinhas na cintura e disse:
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