— Agora mesmo saiu; ainda não dobrou o canto. Por quê?
— É pena que se fosse; podia dar-me uma demão para cortar lá no horto um cachinho de bananas que estão a cair de maduras! Faz gosto ver!
— Pois Euquéria, disse Vaz com ar severo, é essa incumbência que quereis dar a um moço cavalheiro?
— Ai!... tal não me lembrou, Senhor Vaz; mas não leveis a mal, que me arrependo, e dos arrependidos é o reino do céu. Como ele foi quase criado aqui...
— Contudo já é um homem...
— Um rapaz, resmungou a velha; para homem ainda lhe falta muito. Porém as frutinhas? Ficam perdidas? Mete dó! Já estão sorvando!
— Não vos amofineis, Euquéria, há de se arranjar.
— Como, é que eu não sei, porque o cacho não é lá muito baixo, e nem vós mesmo, senhor licenciado, com serdes de boa altura, podeis deitar-lhe a mão.
Com efeito Vaz Caminha tinha mais meia polegada que a sua caseira.
— Talvez por aí venha logo mestre Bartolomeu, disse Vaz Caminha.
— Esse sim! Era um achado! Mas virá ele?