ANTÔNIO – Espera, Margarida!... Fala, Luís.
LUÍS – Tratava-se aqui de fazer Carolina minha mulher; mas faltava para isso uma condição indispensável.
ANTÔNIO – Qual?
LUÍS – O meu consentimento. Não pedi a mão de minha prima, nem dei a entender que a desejava.
MARGARIDA – Mas tu lhe queres bem, Luís?
LUÍS (perturbado.) – Eu, Margarida?
ANTÔNIO – Sim; tens uma paixão forte por ela; eu sei.
CAROLINA (tremendo.) – É verdade?
LUÍS – Parece-me que desde que moro nesta casa não dei motivos para me fazerem esta exprobação. Trato Carolina, como uma irmã; ela pode dizer se nunca uma palavra minha a fez corar.
CAROLINA (com altivez.) – Não me queixo, Luís.
LUÍS – Creio, minha prima; e se falo nisto é para mostrar que seu pai se iludiu;