CAROLINA – Eu?...

MARGARIDA – Sabes que mais, Antônio, vieste hoje da loja todo cheio de visões. Que te aconteceu por lá?

ANTÔNIO (voltando-se.) – Eu te digo, mulher. Contaram-me há dias, e hoje tornaram a repetir-me, que um desses bonequinhos da moda anda rondando a nossa rua por causa de alguma menina da vizinhança.

CAROLINA – Ah!

MARGARIDA – Então foi por isso que assentaste de casar Carolina.

ANTÔNIO – Uma menina solteira é um perigo neste tempo. (Saindo à esquerda, baixo) Esses sujeitinhos tem umas lábias!

MARGARIDA – Para aquelas que querem acreditar neles. (Pausa; batem na porta.)

CAROLINA – Estão batendo.

MARGARIDA – Há de ser a moça dos vestidos.

(Carolina vai abrir a porta.)


CENA VI

HELENA, MARGARIDA E CAROLINA.

HELENA (entrando.) – Adeus, menina. (Para Margarida) Boa-noite.