RIBEIRO (abraçando-a.) – Vem, Carolina!
(Vão sair, encontram-se face a face com Luís e recuam.)
CENA XIV
OS MESMOS E LUÍS.
(Toda esta cena é jogada com voz surda e abafada.)
CAROLINA (soltando um grito.) – Ah!
RIBEIRO (a meia voz.) – Quem é este homem?
CAROLINA (trêmula.) – Meu primo!...
LUÍS (deita a vela sobre a cômoda e dirige-se a Ribeiro.) – Não pense que é um rival que vem disputar-lhe sua amante. Não, senhor! Há pouco recusei a mão da minha prima que seu pai me oferecia; não a amo. Mas sou seu parente e devo ampará-la no momento em que vai perder-se para sempre.
RIBEIRO – Não tenho medo de palavras; se quer um escândalo...
LUÍS (interrompendo-o.) – Está enganado! Se quisesse um escândalo e também uma vingança bastava-me uma palavra; bastava chamar seu pai. Mas eu sei que não é a força que dobra o coração; e temo que minha prima odeie algum dia em mim o homem que ela julgará autor de sua desgraça.