— 66 —

— Abandonarão-me inanimada nas garras da traição e tornei á mim nos braços do crime, e no abysmo da vergonha!!!

— Desgraçada!....

— De quem é a culpa?.... perguntou desesperada ainfeliz moça.

Fernanda estendeu o braço sobre a cabeça de Emiliana, e com a mão abençoou a filha.

— Debalde gritei.... abafarão-me os gritos, cerrando-me com força a bocca; fui maltratada, e esmagada em luta desproporcionai.... e outra vez desmaiando, nem sei que fiserão da filha abandonada!.... quando recobrei os sentidos, achei-me só, levantei-me, e abri a janella, saltei por ella, e vim bater á porta da casa de minha tia....

E ainda mais profundamente resentida, perguntou lugubremente:

— Quem tem a culpa de minha deshonra?

— Tu és pura diante de Deus, minha filha: e, alem de pura, és martyr!

— E o mundo?.... e eu agora no mundo ?....

Fernanda não sabendo que dizer perguntou:

— Conheceste o infame?....