— 140 —

atacou animosa os outros ladrões, e com o concurso dos escravos sustentou breve; mais enraivado combate, ostentando o arrojo e a força de um leão.

O pallido clarão da lua illuminava a scena pavorosa e Jeronymo Lirio testemunhou ancioso durante dous ou tres minutos o mais terrivel dos episodios desse drama horrendo.

Em quanto os escravos se achavão á braços e atarefados com cinco ladrões, um outro destes, o ais gigantesco, o Hrcules, armado com um sabre atacava Izidora: era a força contra a agilidade muito constrangida pelas vestidos de mulher; mas ainda assim o leão não se deixava prender: saltando ligeira Izidora livrava-se dos botes tremendos do Hercules, cujo sabre perdia seus golpes neutralisados pela espada habil da valente amásona: cego de raiva o gigante bradou:

— Não é mulher!

E desabrio um golpe; Izidora porem o rebateu, e ferio o gigante no rosto.

Seguio-se um bramido, novo bote, e nova ferida na ilharga do salteador, que cambaleou e cahio.