Para completar o trabalho de campo o próprio pesquisador realizou algumas publicações, ou seja, contribuiu para o projeto. Não houve a publicação de nenhum artigo novo, apenas algumas correções em artigos pré-existentes com a intenção de se familiarizar com o processo do trabalho na comunidade. Todas as informações indicadas aqui podem ser conferidas pelo leitor ao acessar, na Wikipédia lusófona, a página do usuário "Pietro usp" e que se encontra disponível no endereço <http://pt.wikipedia.org/wiki/Usuário:Pietro_usp> (Anexo A).

Cabe agora analisar as informações coletadas. De acordo com Tesch (1990) apud Silva, Godoi e Mello (2006), existem muitas maneiras de analisar os dados obtidos em campo sendo difícil definir qual delas é a mais adequada quando se desenvolve um estudo de caso. No entanto, Tesch (1990) reune dez princípios e práticas como orientações fundamentais para a análise qualitativa.

— "A análise não é a última fase do processo de pesquisa; ela é concomitante com a coleta de dados ou é cíclica. A análise começa com o primeiro conjunto de dados e torna-se, além de paralela à coleta, integrada aos próprios dados. — O processo de análise é sistemático e abrangente, mas não rígido. Caminha de forma ordenada, requer disciplina, uma mente organizada e perseverança. A análise só termina quando os novos dados nada mais acrescentam. Neste ponto diz-se que o processo analítico 'exauriu' os dados.

— A análise de dados inclui uma atividade reflexiva que resulta num conjunto de notas que guia o processo, ajudando o pesquisador a mover-se dos dados para o nível conceitual. Os dados são segmentados, isto é, divididos em unidades relevantes e com sentido próprio mantendo, no entanto, a conexão com o todo. A análise se concentra em conjunto de partes dos dados, cada vez menores e mais homogêneas.

— Os segmentos de dados são categorizados de acordo com um sistema de organização que é predominantemente derivado dos próprios dados. O material pertencente a cada categoria particular é agrupado, tanto conceitual como fisicamente, de forma indutiva.

— A principal ferramenta intelectual é a comparação. O método de comparar e contrastar é usado praticamente em todas as tarefas intelectuais durante a análise para formar as categorias, estabelecer suas fronteiras, atribuir segmentos de dados às categorias, sumariar o conteúdo de cada categoria e encontrar evidências negativas.

— As categorias são tentativas e preliminares desde o início da análise e permanecem flexíveis já que, sendo derivadas dos próprios dados, devem acomodar dados posteriores.

— A manipulação de dados qualitativos durante a análise é uma tarefa eclética. Não há melhor meio de realizá-la, sendo a marca registrada da pesquisa qualitativa o envolvimento criativo do pesquisador.

— Os procedimentos não são mecanicistas. Não há regras estritas que possam ser seguidas. Embora a pesquisa qualitativa deva ser conduzida 'artisticamente', ela requer muito conhecimento metodológico e competência intelectual. O resultado da análise qualitativa é algum tipo de síntese de nível mais elevado. Apesar de muito da análise consistir em 'quebrar em pedaços' os dados, a tarefa final é a emergência de um quadro mais amplo e consolidado." (TESCH 1990 apud SILVA, GODOI e MELLO 2006, p. 137-138)