necessária e suficiente.

De acordo com Levy, o ciberespaço encoraja uma troca recíproca e comunitária, enquanto as mídias clássicas praticam uma comunicação unidirecional na qual os receptores estão isolados um do outro. "Os freios políticos, econômicos ou tecnológicos à expressão mundial da diversidade cultural jamais foram tão fracos quanto no ciberespaço. O que não significa que essas barreiras não existam, mas são muito menos fortes do que nos outros dispositivos de comunicação." (LEVY, 1999, p.241)

Para Britto (2005), o ciberespaço não é visto como substituto do real vivido e compartilhado, da cultura que emerge do cotidiano. Mas, como potencializador, como renovador desse laço social que foi fragmentado pelas mídias tradicionais. Não como elemento de contato virtual e de isolamento da convivência social, mas como local de expressão e de debate desta realidade, de articulação social e da busca de sua mudança dentro de uma visão mais coletiva.

Ainda segundo o autor, é nesse sentido que se acredita na possibilidade da emergência de ciberespaços públicos parciais de debate e embate, como direcionadores da discussão racional de classes, setores e temáticas sociais, auxiliando em suas coesões e também na explicitação e publicização dos conflitos. Ciberespaços de encontro de virtudes e identidades humanas, de inteligências coletivamente construídas.

Na mesma linha, Lemos (2004) conclui que é preciso zelar para que não ocorra uma transposição e substituição, de modo a utilizar o potencial das novas tecnologias para incentivar o poder do espaço público telemático, a apropriação das novas tecnologias, a pluralidade de discursos, a transparência informativa dos governos e o vínculo comunitário. Portanto, o meio virtual como local para discussão das questões relativas ao convívio social não deve pretender substituir as relações de comunicação e participação que já estão estabelecidas na sociedade atual, entretanto, ao possibilitar novas dimensões para as