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na modalidade hodierna, a acção directora da phase do nosso esplendor?

Porventura aspiramos ao que a Gran-Bretanha sabe imposivel — á anullação da obra do espirito americano?


Não nos illudamos. O eixo da civilização — perdõem-nos o chavão em que insistimos pelo expressivo da fórmula — esta-se a deslocar, está mesmo a mais de meio caminho da sua deslocação para a America.

Ponhamos, frente a frente, os dois paizes de lingua portuguesa:

Um, pujante de seiva, ávido de progresso, confiante na acção, audaz na iniciativa, próspero e rico! É o Brasil…

Outro… Bem o conhecemos: largos tratos incultos, aldeias despovoadas pela miseria, desalento, glorias passadas, deficits, emprestimos em agiotas, povo faminto sob o azorrague de iniqua tributação! É Portugal…

Reunamol-os, esquecendo que são dois povos e lembrando apenas 1ue são uma familia unica, vivendo em tamanha amizade que não recusem coisa alguma um ao outro.

É a approximação, tudo quanto se possa pedir como estreitamento de relações.

Pois bem: no dia em que um conjuncto de circumstancias de pura fantasia tivésse realizado esse amplexo, que vae além da aspiração da hora presente, o que havia de acontecer, em obediencia a todas as leis sociaes, era fatal e irremediavelmente a adaptação portuguesa á civilização brasileira.

A monarchia de Portugal estaria nesse dia com a sua sentença de morte lavrada, com as suas horas contadas.

A Republica Portuguesa resultaria, irresistívelmente e sem demóra, da acção, tornada mais intima e por-