irmão de Anquísia, namorado de Hemirena, pediu a Anquísia quisesse consentir que lhe desse a mão de esposa, e lhe disse: Sabei, senhora, que o amor, que nem perdoa aos Pastores, me traz à vossa presença, para que me concedais para esposa a bela Hemirena; pelo que me ofereço em seu lugar para vosso escravo; porque depois que eu a vi, as ovelhas como de noite o lobo, os cordeirinhos morrem, faltando-lhes o leite, as cabras fogem, e os carneiros se me furtam, porque só me lembro de Hemirena. Anquísia, que com enfado o estava ouvindo, lhe perguntou, qual era a causa de tanto excesso, pois haviam mais belas Pastoras, e Hemirena era soberba? Ao que lhe respondeu com verdadeira sinceridade: Ah, senhora, que vós não a vistes, como eu a vejo, ou creio que estás zombando, pois todos no campo dizem o mesmo, e que sois tirana em o mal, que a tratais. A primeira vez, que eu a vi, estava falando a um homem, que dizia ser seu pai, que aqui perto se curara das feridas, que havia recebido no combate, e que no dia seguinte havia de fazer jornada com seus senhores; e ainda que as meninas dos olhos de Hemirena se estavam lavando em lágrimas, ela estava tão formosa, que ninguém a via, que a não amasse: e vosso irmão