Ave de prata e azul, Ave dos astros...
Santélmo accêso, a scintillar nos mastros...
Gondola ethérea de onde o Sonho emérge...
Agua Lustral que o meu Peccado aspérge.
Bandolim do luar, Campo de giésta,
Egreja matinal gorgeiando em festa.
Arôma, Côr e Som das Ladainhas
De Maio e Vinha verde d'entre as vinhas.
Dá-me, atravez de canticos, de rézas,
O Bem, que almas acérbas torna illésas.
O Vinho d'ouro, ideal, que purifica
Das seivas juvenis a força rica.
Ah! faz surgir, que bróte e que florêsça
A Vinha d'ouro e o vinho resplandêsça.
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