Nos hombros de hum Tritão com geſto aceſo,
Vay a linda Dione furioſa,
Não ſente quem a leua o doçe peſo,
De ſoberbo, com carga tam fermoſa:
Ia chegão perto donde o vento teſo,
Enche as vellas da frota belicoſa.
Repartenſe, & rodeão neſſe inſtante
As naos ligeiras que hião por diante.

Poem ſe a Deoſa com outras em dereito
Da proa capitaina, & ali fechando,
O caminho da barra estão de geito,
Que em vão aſſopra o vento, a vella inchãdo:
Poem no madeiro duro o brando peito,
Pera detras a forte nao forçando.
Outras em derredor leuandoa eſtauão,
E da barra inimiga a deſuiauão.

Quaes pera a coua as pròuidas formigas,
Leuando o peſogrande acomodado,
As forças exercitão, de inimigas,
Do inimigo Inuerno congelado:
Ali ſam ſeus trabalhos, & fadigas,
Ali mostrão vigor nunca eſperado.
Tais andauão as Nimphas eſtoruando
Aa gente Portugueſa o fim nefando.