Porque leuaſſe auante ſeu deſejo,
Ao forte filho manda o laſſo velho,
Que aas terras ſe paſſaſſe dalentejo,
Com gente, & co beligero aparelho:
Sancho, desforço & danimo ſobejo,
Auante paſſa, & faz correr vermelho,
O rio que Seuilha vay regando,
Co ſangue mauro, barbaro & nefando.

E com eſta victoria cobiçoſo,
Ia não deſcanſa o moço ate que veja,
Outro eſtrago como este, temeroſo
No barbaro que tem cercado Beja.
Não tarda muito o Principe ditoſo,
Sem ver o fim daquillo que deſeja.
Aſsi eſtragado o Mouro, na vingança
De tantas perdas poem ſua eſperança.

Ia ſe ajuntão do monte, a quem Meduſa
O corpo fez perder, que teue o Ceo:
Ia vem do promontorio de Ampeluſa,
E do Tinge que aſſento foy de Anteo.
O morador de Abila não ſe eſcuſa,
Que tambem com ſuas armas ſe moueo:
Ao ſom da Mauritana & ronca tuba,
Todo o Reino que foy do nobre Iuba.