Quando as fermoſas Ninfas cos amantes
Pella mão ja conformes & contentes,
Subião pera os paços radiantes,
E de metais ornados reluzentes:
Mandados da Rainha, que abundantes
Meſas, daltos manjares, excelentes,
Lhe tinha aparelhados, que a fraqueza
Reſtaurem da canſada natureza.

Ali em cadeiras ricas criſtalinas,
Se aſſentão, dous & dous, amante & dama,
Noutras aa cabeceira douro finas,
Eſtà coa bella Deoſa o claro Gama:
De ygoarias ſuaues & diuinas
A quem não chega a Egipcia antiga fama,
Se acumulão os pratos de fuluo ouro,
Trazidos la do Atlantico teſouro.

Os vinhos odoriferos, que acima
Eſtão não ſo do Italico Falerno,
Mas da Ambroſia, que Ioue tanto eſtima,
Com todo o ajuntamento ſempiterno:
Nos vaſos, onde em vão trabalha a lima
Creſpas eſcumas erguem, que no interno
Coração mouem ſubita alegria,
Saltando coa miſtura dagoa fria.