XXIV


O TEU SEIO


O delicado aroma do teu seio
Enche-me o coração d'affecto puro,
O peito me embriaga em doce enleio,
Brilha de luz e amor o ceu escuro.

Ai, quanto mais o aspiro, mais anceio,
Quanto mais temo, mais estou seguro
De que hade ser o aroma de teu seio
Que hade raiar de sol o meu futuro.

Os oleos santos dos passados cultos,
De myrrha, e nardo, e rosa, oleos sepultos
Na fria escuridão da antiguidade;

Não tinham mais perfume delicado
Que o seio teu gentil e perfumado,
Seio gentil d'eterna suavidade.