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Desfizerão-se em pó! 0 genio escuro
Abrasou com seu facho ensanguentado
Meus soberbos castellos. A desgraça
Sentou-se em meu solar, e a soberana
Dos sinistros impérios de além-mundo
Com seu dedo real sellou-te a fronte!
Inda te vejo pelas noites minhas,
Em meus dias sem luz vejo ainda,
Creio-te vivo, e mor o te pranteio!...

Ouço o tanger monotono dos sinos,
E cada vibração contar parece
As illusões que murchão-se comtigo!
Escuto em meio de confusas vozes,
Cheias de phrases pueris, estultas,
O linho mortuário que retalhão
Para envolver teu corpo! Vejo esparsas
Saudades e perpetuas, — sinto o aroma
Do incenso das igrejas, — ouço os cantos
Dos ministros de Deos que me repetem
Que não és mais da terra!... E choro embalde