ver-me: tam profunda é a minha disposição para perdoar-te tôdas as tuas faltas!
Um oficial francês teve a caridade de passar três horas, ou mais, comigo, falando-me de ti: disse-me que a paz da França estava feita.
¿Se assim é, não poderias tu vir aqui ver-me, e levar-me contigo para França?… Mas tanto não mereço… faze tudo o que te agradar…
O meu amor já agora não depende do modo por que me tratares…
Desde a tua partida, não tenho tido um só momento de saúde, nem sinto alívio senão em repetir o teu nome mil vezes no dia.
Algumas religiosas que sabem o estado deplorável a que me reduziste, falam-me de ti freqüentemente.
Saio o menos que me é possível da minha cela, aonde vieste tantas e tantas vezes, e aí contemplo o teu retrato, que me é mais caro mil vezes do que a própria vida.
Dêle recebo algum contentamento, mas a êste sucede uma dolorosa tristeza, quando reflito que não tornarei talvez mais a ver-te.
¿Porque fatalidade será possível que nunca mais te veja?…
¿Acaso me abandonaste para sempre?…
Estou desesperada…
A tua pobre Mariana não pode mais…
Desfalece acabando esta carta…
Adeus. Adeus…
Tem compaixão de mim.