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A festiva melodia
Da seducção... e acordou-te!
Colhendo as limpidas azas,
O anjo que te velava
Nas mãos tremulas e frias
Fechou o rosto... chorava!

Tu, na sede dos amores,
Colheste todas as flores
Que nas orlas do caminho
Foste encontrando ao passar;
Por ellas, um só espinho
Não te ferio... vás andando...
Corre, criança, até quando
Fores forçada a parar!

Então, desflorada a alma
De tanta illusão, perdida
Aquella primeira calma
Do teu somno de pureza;
Esfolhadas, uma a uma,
Essas rosas de belleza
Que se esvaem como a escuma
Que a vaga cospe na praia
E que por si se desfaz;