atraz. La dentro foram dar n'um palacio muito rico, onde havia um engenho em que estavam trabalhando muitas pessoas. Era o inferno. E sempre o moleque a pedir a carapuça de latão, e o principe a pedir as princezas. O cão, que conheceu que não podia com a vida d'elle, deu-lhe as moças; mas o principe lhe disse: «Agora só lhe dou a carapuça si me botar lá fora no meu caminho.» O moleque não quiz e elle metteu-lhe a bengala. Afinal consentiu. Mas os companheiros, que tinham ficado da banda de fora do buraco, logo que viram sahir as tres moças que o cão tinha levado para fora, fugiram com ellas, querendo enganar a Manoel da Bengala, que as queria para casar com uma, e dar aos outros a cada um a sua. Quando elle chegou fóra, deu a carapuça de latão ao demonio, e este sumiu-se. Elle procurou as moças, não as encontrou, e ficou desapontado. Os dous companheiros de Manoel da Bengala tinham ido com ellas, que eram prineezas, para as entregar ao rei, seu pai, e dizerem que elles é que as tinham salvado, e por isso deviam se casar com ellas. O rei ficou muito alegre com a chegada das filhas que não via ha muito tempo, mas as moças muito tristes e a chorar, dizendo ao pai que não tinham sido aquelles que as tinham salvado. Manoel da Bengala tinha tres lenços que as moças lhe tinham dado; pegou n'um d'elles e disse: «Avôa e vai cahir no collo de tua dona.» O lenço virou-se n'um papagaio e voou e foi cahir no collo da princeza mais velha e lá virou-se no lenço outra vez. A princeza ficou muito contente e disse: «Eu só me caso com o dono d'este lenço.» Manoel da Bengala pegou no outro lenço e disse: «Avôa e vai cahir no collo de tua dona.» O lenço virou-se n'um papagaio e foi cahir no cóllo da princeza do meio. Ella ficou muito contente e disse: «Eu só me caso com o dono d'este lenço.» Manoel da Bengala então pegou no terceiro lenço e disse: «Avôa e bota-me na casa das tres princezas.» De repente lá se achou. Houve muita alegria; elle se casou com a mais bonita das