isto, foi ao pai e disse: «Meu pai, meu irmão está em trabalhos; eu quero ir atraz d'elle.» O pai custou muito a consentir e a final perguntou: «Tu o que queres — a minha benção com pouco dinheiro, ou a minha maldição com muito dinheiro?» Elle quiz a maldição com muito dinheiro. O pai assim fez. O moço partiu. Depois de andar muito, já cançado e com fome, avistou ao longe uma fumacinha, e caminhou para ella. Appareceu-lhe, n'um palácio, uma linda moça, a quem elle pediu de comer e um agasalho. Ella mandou-o entrar, e servir-lhe de jantar. Depois convidou-o para dar um passeio na horta, e elle acceitou. No passar o riachinho a princeza suspendeu os vestidos, deixando vêr as pernas. De volta, ella perguntou ao hospede: «Então, o que viu de mais bonito em minha horta?» Elle respondeu: «Couves.» Lá comsigo a moça disse: Este é como o outro. Convidou-o para jogar; ganhou-lhe todo o dinheiro, e mandou-o prender e cevar de couves. Lá em casa d'elle a limeira começou a murchar, e o irmão mais moço, vendo isto, foi ao pai e disse-lhe: «Meus irmãos, que foram ganhar a vida, estão em perigo, e eu quero ir ao seu encontro. O pai observou: «Meu filho, eu já estou velho, e sendo tu meu filho unico não te vás tambem embora.» O moço insistiu, e o pai lhe fallou: «Então o que queres — minha maldição com muito dinheiro, ou minha benção com pouco?» O filho respondeu: «A benção com pouco dinheiro.» Partiu. Chegando bem longe, encontrou uma velhinha, que era Nossa Senhora, que lhe disse: «Aonde vae, meu netinho?» Ao que respondeu: «Vou ganhar a minha vida.» A velha lhe deu uma toalha, dizendo: «Quando tiveres fome, pega n'ella e diz: «Põe a mesa, toalha!» e a mesa apparecerá. Deu-lhe mais uma bolsa, dizendo: «Esta bolsa tem o mesmo prestimo.» Deu tambem uma violinha, dizendo: «Quando se acabar a toalha e a bolsa, põe-te a tocar n'ella e não has de ter fome.» O moço seguiu o seu caminho; ao