gaios bonitos e falladores que estão em gaiolas muito ricas, e pegue n'um papagaio triste e velho que está lá n'um canto, n'uma gaiola de pau, velha e feia. » O principe seguiu. Quando chegou no reino dos papagaios, ficou esbabacado de vêr tantas e tão ricas gaiolas de diamantes, de ouro e de prata; nem procurou o papagaio velho e sujo que estava lá n'um canto; agarrou na gaiola mais bonita que viu, e partiu para traz. Quando ia sahindo o papagaio deu um grito, acordaram os guardas, e o perseguiram, até pegal-o. «O que queres com este papagaio?! Has de morrer,» disseram os guardas. O principe, com muito medo, lhes contou a historia de seu pai; então elles disseram: «Pois bem; só te damos o papapaio se tu fores ao reino das espadas, e trouxeres de lá uma espada.» O moço, muito triste, aceitou e partiu. Chegando adiante lhe appareceu a mesma raposinha, e lhe disse: «Então, meu principe honrado, o que tem, que vai tão triste?» O moço lhe contou o que lhe tinha acontecido; e a raposa respondeu: «Eu não lhe disse!? Você para que foi pegar n'um papagaio bonito, deixando o velho e feio? Apois bem; vá ao reino das espadas; entre á meia noite. Você lá ha de vêr muitas espadas de todas as qualidades, de ouro, de brilhante e de prata, não pegue em nenhuma. Lá n'um canto tem uma espada velha e enferrujada; pegue n'essa.» O moço seguiu. Quando chegou ao reino das espadas, ficou esbabacado, vendo tantas espadas e tão ricas. De teimoso, disse: «Ora tanta espada rica, e eu hei de pegar n'uma ferrugenta!» Pegou logo na mais bonita que viu. Quando ia sahindo, a espada deu um trinco tão forte que os guardas acordaram, pegaram o moço e o quizeram levar ao rei. 0 principe contou então a sua historia, e os guardas, com pena, disseram: «Nós só lhe damos uma espada se você fôr ao reino dos cavallos e trouxer de lá um cavallo.» O moço seguiu muito desapontado. Adiante n'uma encruzilhada encontrou a rapo-