ma pergunta a respeito do cosinheiro. Ella disse que sim. Chamou por fim a mais moça:
— Então queres casar commigo?
— Sim senhor, disse isso!
O rei mandou casar as duas raparigas com o padeiro e o cosinheiro, e a mais moça casou com elle. As irmãs ficaram logo com muita inveja, e metteram enredos ao rei, que a ia mandar deitar ao mar; mas os criados descobriram-lhe tudo, e elle ficou vivendo muito feliz com a sua mulher e nunca mais quiz saber das cunhadas, que foram para o meio da rua.
(Ilha de S. Miguel—Açores.)
O rei andava de noite pelas ruas acompanhado do seu cosinheiro e do seu copeiro disfarçado, escutando pelas portas; passou por um balcão onde estavam tres meninas, que estavam conversando, e pôz-se á escuta do que diziam:
— Ali vão tres tunantes; se um fosse o rei, já eu sabia quem eram os outros.
— Um era o cosinheiro. Quem me a mim dera casar com elle; sempre havia de comer bons fricassés.
— O outro era o copeiro; pois eu cá o que queria era casar com elle, porque havia de ter bons licores.
Disse a mais nova:
— Eu não sei quem elles são; mas ainda que fossem condes ou duques, antes queria casar com o rei, porque lhe havia de dar tres meninos cada um com a sua estrella de ouro na testa.
O rancho foi-se embora, mas ao outro dia, o rei mandou ir á sua presença as tres irmãs. Perguntou-lhes se era verdade o que ellas tinham dito na vespera á noite. Respondeu a mais velha por si. Disse o rei: