tribuido- em grande parte para este movimento de philosophia parabolica; a sciencia de Théman (tribu idumita) tornou-se proverbial; o heroe e os interlocutores do Livro de Job são arabes ou idumeus.» Remontando ao fundo do problema ethnico, Renan deduz dos trabalhos dos modernos assyriologos, que uma mesma população industrial, commercial e materialista forneceu elementos communs ás civilisações do Egypto, do Tigre e Baixo Euphrates: «A côr obscena das religiões da Assyria e da Phenicia, tão opposta ao pudor natural dos Semitas e dos Arias, o mytho cepheniano de Joppe, o culto kuschita de Sandan ou Sandak e de Adonis, as genealogias fabulosas que fazem descender Agenor e Phenix de Belus, de Lybia, de Egyptus, e os põem em relação com Cepheo e os Ethiopes, a lenda que os liga a Mémnon, explicam cabalmente esta hypothese.» Aproveitando esse elemento commum á India e á Arabia, como negroide, como o reconhece Weber, e que Renan considera com os antigos aditas da primitiva civilisação do Yemen, elle recompõe muitos caracteres ethnicos dos kuschitas: «Lokman, o representante mythico da sabedoria adita, lembra Esopo, cujo nome pareceu a Welcker conter uma origem ethiopica (Aisopos, Aithiops).» Reforçando esta inferencia pelas conjecturas de D’Herbelot, accrescenta: «Tambem na India a litteratura dos Contos e dos Apologos parece provir dos Sudras. Por ventura este modo de ficção, caracterisado pelo papel que n’elle representa o animal, discrimina um genero de litteratura proprio dos Kuschitas.» [1] Em nota acrescenta Renan, que o culto e a preoccupação constante do animal são um dos traços mais salientes das raças kuschitas e africanas. Eckstein identificava os Sudras com us kuschitas, considerando-os representantes da raça negroide da India os Kaucikas; foi entre esta raça que se propagou o Buddhismo por meio

  1. Op. cit., pag. 321.