gorosa, e acha-se nos Contos de Pomigliano de Vittorio Imbriani. Por esta versão, em que ha alguns estribilhos poeticos, se vê o sentido das referencias á vinha, da versão do Algarve. Tambem se repete na Sicilia e em Veneza. (Vid. Rev. des Deux Mondes, Nov. 1877, p. 144.) Eis a adivinha do conto italiano:
Diz o rei:
Una vigna no piantà.
Per travers é intrà
Chi la vigna ni ha goastà.
Han fait gran peccà
Di far ains che tant mal.
Diz a esposa:
Vigna sum, vigna sarai,
La mia vigna non fali mal.
Responde Pedro:
Se cossi è como è narrà
Plu amo la vigna che fis mai.
No conto veneziano vem as seguintes estrophes, que condizem com o dialogo rimado de Pedro de Vignes:
A esposa:
Vinha era, e vinha sou,
Fui amada, e já o não sou.
E não sei porque rasão
A vinha perdeu a estimação.
O camareiro:
Vinha eras, vinha serás,
Amada eras, e já o não serás.
Pela pata do leão
A vinha perdeu a estimacão.