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que negou a hospitalidade a um santo, teria soffrido o castigo de ser sepultada nas aguas exactamente como as impias cidades hespanholas.» Sciencia pre-historica (As Habitações lacustres, p. 17, nota).


239. — Sobre a lenda do Tributo das Donzellas elaboraram-se muitas outras tradições de etymologia popular, taes como a de Peitobordelo, Figueiredo das Donas, etc.


240. — Viterbo extracta um codicilo de 1183 onde vem Benequerencia, como alatinisação do nome local, e que explica a lenda.


245. — Esta lenda tambem existe em Verona, contando-se a situação como passada entre Bartolomeo Scaligero e seu irmão, que se assassinaram em uma entrevista amorosa. (Philaréte Chasles, Etudes sur Shakespeare, p. 159.) Diz o Abbade Castro: «Muitas tradições vogam ácerca d'esta campa, que nós temos por falsas ou viciadas… referindo uns que é a sepultura dos dois irmãos, outros diversas lendas que mais se assemelham a contos de fadas ou de velhas com que embalam as crianças, do que realidades, que tenham por base algum solido fundamento.» (Panorama, t. I, da 2.ª serie, p. 359.)


246. A raposa e o lobo. — Nos Contes populaires de la Grande Bretagne, trad. de Brueyre, p. 362 (vid. nota 1, p. 364 e 365). A fabula dos Highlanders versa sobre uma panella de manteiga; é popular na Noruega, como se vê pela collecção de Absjörnsen, A Raposa e o Urso.


248. A raposa e o gallo. — Nos Contos populares da Gram Bretanha, trad. de Brueyre, p. 369, vem tambem esta fabula. Acha-se em Lafontaine, Le Coq et le Renard.

fim das notas.