sobre o corpo da filha chorava como uma creança.

De repente a moça pareceu socegar um pouco, mas não foi senão o principio d’uma nova crise. Inteiriçou-se. Ficou immovel. Encolheu depois os braços, dobrou-os á modo de azas de passaro, bateu-os por vezes nas ilhargas, e entre-abrindo a boca, deixou sahir um longo grito que nada tinha de humano, um grito que echoou lugubremente pela igreja:

— Acauan!

— Jesus! bradaram todos cahindo de joelhos.

E a moça cerrando os olhos, como em extase, com o corpo immovel, á excepção dos braços, continuou aquelle canto lugubre

— Acauan! Acauan!

Por cima do telhado uma voz respondeu á de Anninha:

— Acauan! Acauan!

Um silencio tumular reinou entre os assistentes. Todos comprehendiam a horrivel desgraça.

Era o Acauan!