Página:Contos e phantasias (Maria Amália Vaz de Carvalho, 1905).pdf/65

O TIO SEBASTIÃO


I

Não havia cousa que mais alegrasse o tio Sebastião, um velhito que conheci em uma aldeia perto de Braga, do que fallarem-lhe no filho que estudava em Coimbra.

Sorriam-se-lhe os olhos, e um contentamento intraduzivel espelhava-se-lhe no rosto.

Quando lhe elogiavam o caracter, o talento, a bondade e a applicação do rapaz, elle fingia que não acreditava, dizia que não era tanto assim... e repetia:

— Favores, meu amigo, favores...

Mas lá no intimo agradecia aquillo tudo, e tinha vontade de apertar nos braços a pessoa que