Noite de finados


A Manoel P. de Carvalho
 

O cemiterio de Santa Isabel estava cheio de visitantes, todos vestidos de preto, caminhando compassada e vagarosamente por entre as sepulturas. Eram oito horas da noite sob um céo trevoso como a tristeza d’aquellas pessoas que ali se recordavam com saudades pungitivas dos parentes e amigos para sempre occultos debaixo da terra, sobre a qual compridas filas de vélas accêsas lançavam uma claridade intensa, que ia esbater-se ao fundo, na escuridão do mattagal.