- Alda, tenho que te dizer...
- Não digas! não digas nada!
- Não, há um engano; um engano que não pode continuar.
- Não há, Túlio, não há!...
- Há.
- Pois deixa-o!
- Não. Tu pensas que eu sou o banhista Túlio, nascido em Nápoles.
- E não és? Es sim, és o meu Túlio.
- Criança! Eu sou estudante de medicina, chamo-me Geraldo Pietri.
Mas, como Alda recuava, com a fisionomia demudada, Geraldo teve um resto de piedade.
- Sim, Geraldo, estudante, que se fez passar por banhista para te amar...
Um silêncio tombou. Alda sentara-se. Depois, como Geraldo se aproximasse, sorriu, afastando-o.
- Não, senta-te. Ou vai-te. É melhor ires. Vai-te.
- Mas a nossa última noite?
- Vai-te.
- Zangaste-te?
- Não, pensei que tinhas mais espírito. Não tens. Eu sabia, ouviste? eu sabia desde o primeiro dia, quem eras tu. Se não soubesse, teria perguntado por ti e dar-me-iam informações. Eu sabia. O meu amor nasceu de uma brincadeira. Tudo na vida é ilusão e só a ilusão é verdadeira. A verdade é a mentira porque é o comum e o vulgar. Amei-te, querendo fazer desse sentimento uma