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- Molhe da praia dos Mineiros: breve memoria de sua construcção- O original com a assignatura do autor foi apresentado por sua magestade o lmperador á exposição de historia do Brazil da bibliotheca nacional em 1881.


André Przewodowski - Natural da Polonia, antigo estado da Europa, hoje sob o dominio da Russia, nasceu nos ultimos annos do seculo passado, e falleceu na Bahia depois de 1870.

Emigrando de sua infeliz patria para o Brazil, naturalisou-se cidadão brazileiro, viveu muitos annos nesta provincia e ahi foi empregado nas obras publicas como engenheiro, que era, e como tal prestando bons serviços á sua patria adoptiva.

Escreveu:

- Communicação entre a cidade da Bahia e a villa de Jeazeiro. Bahia, 1848 - Esta obra creio que foi escripta em francez pelo engenheiro Przewodowski e traduzida por outro. Não o affirmo, porém. Sei que foi mandada imprimir pelo coronel Justino Nunes de Sento Sé, e que tambem foi publicada na Revista do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, tomo 10.º

- Duas palavras sobre os terrenos entre a cidade da Bahia e o Joazeiro, considerados geologicamente - Sahiu este escripto no mesmo tomo, pag. 384 e seguintes, e tambem na Revista Americana, tomo 2º,pago 20 e seguintes.

- Maison centrale de detention, etc. : memoria - que não pude ver, mas que foi traduzida pelo finado engenheiro Francisco Primo de Souza e Aguiar, (Vide Francisco Primo de Souza e Aguiar.)

- Plan d'une partie de Rio-Grande de Belmonte ou Jequitinhonha pour servir á sa canalisation. Bahia, le 26 Fevrier 1842. – Existe o original no archivo militar e outro exemplar em portuguez a aquarella.


D. Angela do Amaral Rangel- A Ceguinha, como era geralmente chamada, nasceu na cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro por cerca do anno de 1725.

Cega de nascimento, e vivendo n'uma época em que ainda se não conhecia meio de dar-se uma instrucção litteraria aos infelizes privados da visão, dona Angela do Amaral, bem que dotada de bellos dotes physicos, bem que filha de uma familia abastada, não pôde receber de seus paes senão uma educação moral e religiosa. E mesmo assim conhecia a lingua castelhana como a lingua patria. E, cousa admiravel! sem educação litteraria, sem cabedal algum de instrucção necessaria ao cultivo da poesia, dona Angela do Amaral foi um genio; mas, como disse o autor do Anno biographico brazileiro, genio sem luz nos olhos. Foi um brilhante preciosissimo, más não lapidado.