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- Fundação da escola normal de D. Pedro II, na provincia do Grão-Pará. Pará, 1861, 20 pags. in-8º - Era o auctor então presidente do Pará.

- Recenseamento da população da provtncia do Rio de Janeiro no anno de 1850. Rio de Janeiro, 1851.

- Discurso que proferiu na camara temporaria na sessão de 29 de agosto de 1861 o deputado pela provincia do Amazonas Angelo Thomaz de Amaral. Rio de Janeiro, 1861, 37 pags.

- Carta dirigida ao corpo eleitoral da provincia do Amazonas. Rio Janeiro, 1863, 43 pags. in-8.º

Redigiu:

- Jornal da Tarde. Rio de Janeiro, 1869 a 1872. 5 vols.- Foram redactores desta folha, a principio Vivaldi & Pacheco e depois Angelo Thomaz do Amaral. Este jornal foi substituido pela Nação, jornal politico, commercial e litterario que se publicou de 1872 a 1878 sob a redacção de diversos, succedendo seus redactores uns aos outros, e sendo os ultimos o conselheiro Francisco Leopoldino de Gusmão Lobo e o doutor José Maria da Silva Paranhos.


D. Anna Alexandrina Cavalcanti de Albuquerque - Filha do tenente-coronel Joaquim Cavalcanti de Albuquerque e de dona Alexandrina Cavalcanti de Albuquerque, nasceu no municipio de Nazareth, da provincia de Pernambuco.

Recebendo apenas uma educação rudimentar, muito joven ainda possuia um bello volume de composições poeticas, cheias de suavissima e amena naturalidade, segundo a opinião muito competente de quem ministrou-me as presentes informações; mas um dia o desengano varreu-lhe as crenças da primeira edade, e ella n'uma sorte de delirio entregou ás chammas esse volume e com elle as paginas de suas apaxionadas confidencias, de seus sonhos de menina. Entretanto dona Anna de Albuquerque continuou a cultivar com esmero a poesia e adquiriu uma instrucção litteraria, ainda pouco commum no seu sexo, como se reconhece na

- Carta ao doutor Henrique Capitulino Pereira de Mello (enviandolhe sua primeira composição poetica) - Vem no livro Pernambucanos illustres de pag. 170 a 172. Nesta carta escreve dona Anna:

« Ah! senhor, quando espiritos fortes e illustrados muitas vezes baqueiam, sem ao menos completarem o apparatoso pensamento de Balsac, como não baquearei eu, que por minha inculta intelligencia e fraqueza intellectual sou, como pharizeu, expulsa do templo da sciencia, onde apar de Ariosto e Tasso vem sentar-se Sapho, a suicida, e a par de Petrarcha a doce Alcipe, a Hypocrene de Filinto Elisio?

« Quantas vezes no silencio de meu quarto, a sós commigo, tento synthetisar as ideias que se atropellam em meu cerebro e tornal-as sensiveis sem poder conseguil-o nunca! E' que os caminhos da sciencia são-me defêzos; minha imaginação abrazada quer abraçal-os e não póde. »