Página:Diccionario Bibliographico Brazileiro v1.pdf/140

cantos de minha lyra. Eram teus olhos. Porque me ris? Tu queres que eu cante?

- Poesias de Antonio Augusto de Mendonça (collecção). Bahia, 1861.

- A messalina: poema. Bahia, 1866 - Nesta obra, diz o autor das Ephemerides, já citado, si não ostenta os arrojos de concepção e o opulento contraste de imagens de seu conterraneo Castro Alves, tem de certo graciosa suavidade de uma meditação lamartiniana.

- Muitas poesias - ineditas. Sou informado de que estas composições dariam mais de dous bons volumes; d'entre eIlas, tenho noticia das seguintes:

- Livro e trabalho: poesia- que recitou no theatro de S. João, com muitos applausos, por occasião do beneficio do gremio litterario, na mesma occasião em que recitara A. de Castro Alves sua muito applaudida poesia O Livro.

- A aldeia: poesia - onde se veem estes versos:

A capellinha que alteia
A fronte cheia de luz
Parece apertar a aldeia
Nos braços de sua cruz.
No emtanto a pastorinha,
Voltando de seu labor,
Traz na mente mais carinhos,
Traz no peito mais amor.

Poesia recitada no asylo de S. João de Deus - em que o autor principia:

Um não sei que de celeste
Por estas paredes lavra,
Que minha humilde palavra
Por ser humana não diz.


Antonio Augusto Monteiro de Barros - Natural de Minas Geraes, falleceu a 16 de novembro do 1841.

Formado em direito, exerceu a magistratura, onde occupou diversos cargos e representou sua provincia tanto na camara temporaria, como na vitalicia, para a qual entrou por escolha da coróa de 29 de setembro de 1838.

Escreveu:

- Carta politica de Brasilicus acerca dos successos occorridos no Brazil, de 7 de abril de 1831. até o anno de 1834 - Não me consta que fosse publicada esta obra, cujo original, de 22 fls. in-4°, se acha na bibliotheca nacional. E' datada do Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1831, e dirigida a um dos membros da regencia.


Antonio Augusto de Queiroga - Natural da provincia de Minas Geraes, nasceu na cidade do Serro em 1812 ou 1813 e