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Discurso inaugural da installação da sociedade de medicina pernambucana, a 4 de abril de 1841. — Vem nos Annaes de medicina pernambucana e recitara-o seu autor, sendo acclamado presidente da sociedade.

Nunca tendo elle feito collecção de seus versos, apenas darei noticia de algumas poesias, como:

Aos annos de... em 25 de março de 1849: ode — Vem no « Diccionario de pernambucanos celebres » por F. Augusto Pereira da Costa, e nas « Biographias de alguns pernambucanos illustres» pelo commendador Antonio Joaquim de Mello, tomo I. E' uma composição tremula de emoção e de enthusiasmo pelo facto glorioso para a nossa historia, que este dia recorda.

Aos annos de... ode — Na segunda obra citada.

A uma joven: lyra — Idem.

Um voto: poesia em verso hendecasyllabo — Idem. —

Um sonho. Ao embarque e partida de uma senhora — Idem.

Inspiração. A' madame Stoltz em uma' representação da Favorita — Idem, tomo 3.º

A' excellentissima senhora Viscondessa da Boa-Vista no dia de seus annos, 4 de novembro de 1850: poesia lyrica — Idem.

Versões do Lago, da poesia dedicada a mademoiselle Michatowska, do Ramo de amendoeira e da Invocação — O doutor A. J. de Macedo Soares publicou esta composição nas suas Lamartinianas. Outras poesias traduzidas do francez, de Lamartine, acham-se no Progresso, Pernambuco, de 1846 a 1848.

Um soneto — finalmente, que tenho visto reproduzido em diversos escriptos, e é o seguinte:

Formoza, qual pincel em tela fina
Debuxar jamais pôde ou nunca ousara;
Formoza, qual jamais desabrochara
Em primavera a roza purpurina ;

Formoza, qual si a propria mão divina
Lhe alinhara o contorno e a fórma rara;
Formoza, qual jamais no céo brilhara
Astro gentil, estrella purpurina ;

Formoza, qual si a natureza e arte,
Dando as mãos em seus dons, e seus lavores,
Jamais soube imitar no todo ou parte;

Mulher celeste, oh! anjo de primores!
Quem póde ver-te sem deixar de amar-te?
Quem póde amar-te sem morrer de amores?

Ha dous annos um livreiro em Pernambuco, João Walfrido de Medeiros, tratava de colleccionar as composições póeticas de Macial Monteiro para publical-as; até oje, porém, não têm ellas apparecido. Consta-me até que a biographia do autor já está escripta pelo doutor João Baptista Rigueira Costa para servir de introducção ao livro. Na imprensa politica do paiz tambem teve o Barão de Itamaracá um logar bem