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D. Adelina Amelia Lopes Vieira — Filha do doutor Valentim José da Silveira Lopes e esposa do empregado de fazenda Antonio Arnaldo Vieira da Costa, é professora da segunda cadeira de meninas na freguezia do Espirito Santo, cultiva a poesia e escreveu:

Margaritas: poesias. Rio de Janeiro, 1879 — Não encontrei este livro em duas bibliothecas onde o procurei, e por isso não pude ainda ver esta primeira collecção dos versos de D. Adelina.

Pombal: poemeto em quatro cantos. Rio de Janeiro, 1882 — A autora mandou imprimir este poemeto, e o offereceu ao club litterario portuguez para applicar o producto da venda em beneficio de suas aulas. Um soneto deste livro vem reproduzido no Monitor Catholico de S. Paulo, n. 68, com uma parodia feita pelo reverendo vigario de Queluz, o padre Francisco Gonsalves Barroso.

Existem esparsas muitas composições poeticas de dona Adelina Vieira, como:

Saudade de Palmeiras — No Echo das Damas. Rio de Janeiro, n. 2, maio de 1879.

O primeiro peccado de Margarida: traducção de uma ballata de Henry Murger — Sahiu na Revista Brazileira. Rio de Janeiro, 1880, tomo 5º, pags. 245 a 250.

Estella matutina — No novo almanak de lembranças luzo brazileiro para 1880, pag. 160.

As duas estrellas: poesia em oitava rima — No almanak das senhoras para o anno de 1882. Lisboa, pags. 165 e 166.

D. Adelina Teixeira Mendes — Filha de José Teixeira Mendes e de dona Antonia Teixeira Mendes, natural do Maranhão, joven, solteira, vive em companhia de um irmão que é bacharel em direito e exerce um logar de juiz municipal nos sertões do Piauhy. E’ poetiza e tendo perdido quasi ao mesmo tempo o autor de seus dias e outro irmão, tambem formado em direito, seus versos se resentem da magoa e melancolia que lhe infiltraram n’alma dous golpes tão profundos.

De suas composições não existe collecção impressa; apenas tem publicado algumas em periodicos; e as que tenho á vista nem posso dizer onde se publicaram, porque foram-me enviadas por pessoa de sua familia, cortadas de taes periodicos. São de folhas do Piauhy as seguintes:

Desalento: A’ minha prezada amiga dona Maria Amelia Rosa.

Saudades: A’ minha prezadissima madrinha… dona Maria José Vaz Mendes.

Uma prece sobre o tumulo de meu idolatrado irmão o doutor Bolivar Teixeira Mendes: soneto.

A’ beira-mar: A’ minha prezadissima amiga dona Raymunda Ribeiro Soares — Nesta poesia, depois do descrever o mar, quando