Rio de Janeiro, 1809, 22 pags. in-4º — Affirma o doutor José Tito Nabuco de Araujo, de quem occupar-me-hei opportunamente, que frei Antonio Rodovalho na época de seu fallecimento escrevia um
— Tratado de philosophia — de que uma grande parte se achava em estado de entrar no prelo, combatendo a volumosa e importante obra de um philosopho italiano. E' provavelmente a obra a que allude o Visconde de Araguaya em seus Opusculos historicos, pag. 307, quando se refere a frei F. de Monte Alverne, isto é, a traducção e commentario da obra:
— La religione dimostrata e defesa de Alexandre Maria Tassoni.
— Numero, estado e occupações presentes dos religiosos sacerdotes em toda provincia da Immaculada Conceição do Brazil, que consta de treze conventos, 1810 — O original de 3 fols. esteve na exposição de historia patria de 1881.
Antonio dos Santos Jacintho — Natural da cidade de Larangeiras, provincia de Sergipe, nasceu a 3 de maio de 1827. Faz na Bahia sua educação litteraria até doutorar-se em modicina em 1852, sendo na faculdade considerado como um dos primeiros estudantes por sua intelligencia e applicação; e estabelecendo-se depois na villa de S. Bento, do Maranhão, ahi cazou-se, e exerceu sua profissão até 1869. Passando à capital desta provincia, foi empregado como medico da policia, do serviço de saude militar, da cadeia, e do hospital da misericordia, sendo tambem commissario vaccinador da freguezia de Nossa Senhora da Victoria, Escreveu:
— Ultra vera est, vitalis an organica doctrina: these para o doutorado em medicina. Bahia, 1852 — Em sua these toda escripta em latim, sustenta a doutrina do vitalismo.
Consta-me que é de sua penna o livro intitulado:
— As sociedades secretas. Maranhão, 1881, 130 pags. in-12 — E' um livro contra a maçonaria. No ultimo capitulo, que tem por titulo Summa contra os maçons, nega o autor, que a maçonaria seja uma sociedade beneficente; que faça o que recommenda o evangelho: dar a esmola com tanta reserva, que a mão direita não veja a esquerda; que a igreja não tenha o direito do condemnal-a, etc. Esta obra traz as iniciaes C. J.
Antonio Scipião da Silva Jucá — Natural da provincia de Alagôas, nasceu na cidade de S. Miguel de Campos em 1835, sendo seus paes o capitão Francisco Joaquim da Silva Jucá e dona Floripes Felicia da Silva Jucá.
Depois de c:ursar algumas aulas de humanidades, deu-se ao funccionalismo publico em sua provincia, aproveitando as folgas que lhe deixam os trabalhos de sua repartição para dedicar-se ao cultivo das lettras, e sobretudo da litteratura amena, e escreveu:
— Harpa desafinada: poesias, Bahia, 1860 — E' uma cellecção de suas primeiras composições poeticas.