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Gazeta e no Jornal do Commercio, sahindo tambem no Preito á Camões pelo doutor Rozendo Muniz Barreto. Rio de Janeiro, 1880.

Notas ethnographicas e linguisticas ao livro « Principio e origem dos indios do Brazil e de seus costumes, adorações e ceremonias » por Fernão Cardim — Vem n'uma edição deste livro, feita em 1882 pelo doutor Fernandes de Aguiar, no fim da obra. Estas notas esclarecem muitos pontos duvidosos do texto e trazem novos subsidios á historia dos indios do Brazil.

Rascunhos sobre a grammatica da lingua portugueza, Rio de Janeiro, 1882 — Neste volume de cerca de 300 pags, discute-se uma questão de linguistica, proposta por Arthur Barreiros na Revista brazileira, vol. 5°, pag.71.

Trovas, sonêtos e consonêtos por Bendac. Rio de Janeiro — Bendac é um pseudonymo das iniciaes do nome do autor, que tratava, na época de seu fallecimento, da composição de um

Diccionario da lingua brazileira — Não sei si deixou-o em estado de ser dado á estampa.


D. Barbara Heleodora Guilhermina da Silveira — Filha de paes illustres, nasceu na provincia de S. Paulo, e falleceu pouco depois de 1792.

De uma belleza rara, de uma educação esmerada e cultora mimosa da poesia, soube inspirar vehemente paixão ao infeliz poeta, doutor Ignacio José de Alvarenga Peixoto, de quem occupar-me-hei opportunamente, e retribuindo a affeição que lhe inspirara, com elle se casou. Poucos annos porém gozou das venturas do hymeneu.

Vendo o esposo compromettido na conspiração mineira de Tira-dentes, vendo-o condemnado a desterro, e seus bens sequestrados, tudo sofrreu com heroica resignação; mas não pôde resistir á fatal sentença de 2 de maio de 1792 que declarava infames seus tenros filhinhos, em cuja educação se alimentava; enlouqueceu! Em seu delirio pronunciava sempre o nome delles, e o do esposo, e depois chorava amargamente, E assim em pouco se lhe extinguiram as forças e succumbiu! Dona Barbara escreveu grande cópia de

Poesias lyricas — que ficaram ineditas, ignorando-se o fim que tiveram, Destas poesias grande parte era dedicada a Alvarenga, a cujos versos, antes de ser esposa, ella folgava de retribuir com versos seus.


Bartholomeu Antonio Cordovil — Natural de Goyaz, como pensam o Visconde de Porto-Seguro, e o conego M. da Costa Honorato, ou da cidade do Rio de Janeiro, como suppoem Lery dos Santos e o doutor J. M. de Macedo, nasceu em 1746, e falleceu a 15 de janeiro de 1810.

Diz este ultimo, o doutor Macedo, que Bartholomeu Cordovil se instruira tanto, quanto era possivel no Rio de Janeiro, e que, sem illustração, floresceu e brilhou como poeta de vivissimo talento e gosto apurado;