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las de primeiras lettras, mais correcto, recopilado e extrahido das melhores grammaticas, até o presente conhecidas, posto em ordem e offerecido á mocidade brazileira, etc., Bahia — Tenho presente a nona edição desta obra, de 1866. Têm havido outras posterioreõ, porque éste compendio ainda e adoptado na provincia.


Bernardino Ferreira da Nobrega — Consta-me que fõra natural da Bahia, e que nascera no ultimo decennio do seculo XVIII. Escreveu:

Memoria historica sobre as victorias alcançadas pelos itaparicanos no decurso da campanha da Bahia, quando o Brazil proclamou sua independencia. Bahia, 1827, 200 pags. in-4° com 1 mappa — E' um livro rarissimo. Só sei que o possue sua magestade o Imperador, que se dignou, de expõl-o na bibliotheca nacional por occasião da exposição de historia patria em 1881.

Ferreira da Nobrega redigiu:

O Bahiano. Bahia, 1828 e 1829 — Foi este periodico fundado por Antonio P. Rebouças, passando logo a ser redigido por Nobrega.


Bernardino José Borges — Filho do capitão de milicias Lino José Borges e de dona Bernarda Josephina Pinto da Costa Borges, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1826.

Estudava humanidades quando falleceu seu pai, e como este não legasse fortuna á sua familia, Bernardino Borges, suspendendo seus estudos, passou a leccionar em um collegio da côrte algumas das materias em que se havia habilitado, exercendo ao mesmo tempo modesto emprego de fazenda, que obtivera. Nesse emprego, porém, tal intelligencia e zelo demonstrara, que seu chefe, o doutor Angelo Moniz da Silva Ferraz, depois Barão de Uruguayana, tratando dos trabalhos preparatorios de sua importantissima Tarifa das alfandegas, o escolheu para ajudal-o nesses trabalhos no seu gabinete, onde serviu dous annos; foi depois nomeado administrador do trapiche da ilha das Cobras, grande auxiliar da alfandega da côrte; exerceu successivamente os lagares de inspector da alfandega do Paraná, escolhido em vista do pedido feito pelo presidente da provincia, doutor Zacarias de Góes e Vasconcellos, de um empregado habilitado para organizar aquella repartição; inspector da alfandega do Rio Grande do Sul; chefe do secção da da côrte, onde assumiu a inspectoria, interinamente, por duas vezes; inspector da do Pará, e da Bahia, onde esteve mais de sete annos, e chefe da recebedoria do Rio de Janeiro, logar que exerce actualmente.

E' dignitario da ordem da Roza, commendador da de Christo de Portugal e membro de algumas associações litterarias, e escreveu:

O commerciante, ou completo manual instructivo, contendo: o codigo commercial annotado; legislação das alfandegas, formalidades exigidas nos regulamentos fiscaes; tarifa dos direitos e modelos de des-