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Refutação da memoria: Onde aprenderam e quem foram os artistas que fizeram levantar os templos dos jesuitas em Missões, etc. — Inserta na Revista do Instituto historico e geographico brazileiro, tomo 4º, n. 13, de Abril de 1842 — Ha um mans. de 8 fls., sem assignatura do autor, datado de 1851, pertencente á bibliotheca nacional. (Veja-se Rodrigo de Souza da Silva Pontes.)


Alexandre Celestino Fernandes Pinheiro — Formado em sciencias sociaes e juridicas, exerceu o logar do juiz municipal do termo de Sant'Anna de Macacú, e depois, a 4 de fevereiro de 1879, foi nomeado promotor de Itaborahy na provincia do Rio de Janeiro. Escreveu:

Reflexões sobre a lei n. 2033 de 20 de setembro de 1871. Rio do Janeiro (sem data), in-4.º — Entre outros se occaparam do mesmo assumpto, como depois indicarei melhor, o desembargador José Antonio de Magalhães Castro, Antonio José de Oliveira Guimarães, e os bachareis Antonio Carneiro da Rocha e Manoel Godofredo de Alencastro Autran.


Alexandre de Gusmão — Irmão do celebre Bartholomeu de Gusmão, o voador, e filho do cirurgião-môr do presidio da villa, depois cidade do Santos, Francisco Lourenço, e de sua mulher dona Maria Alvares, nasceu nesta villa em 1695 e falleceu em Lisboa a 31 de dezembro do 1753, ou a 31 de outubro, como diz o finado Manoel Eufrazio de Azevedo Marques em seus Apontamentos historicos, geographicos, biographicos, estatisticos e noticiosos da provincia de S. Paulo.

Depois de estudar alguns preparatorios no collegio dos jesuitas, seguindo para Portugal, fez o curso de direito na universidade de Coimbra, onde recebeu o grau de doutor; e obtendo logo por intervenção de seu irmão, que gozava então de alto valimento na côrte portugueza, fazer parte da apparatosa embaixada que, depois da guerra da Hespanha e das convenções de 1712 a 1714, foi á França, ahi recebeu tambem o grau de doutor em direito civil, romano e ecclesiastico na universidade de Paris, e deu-se aos estudos da diplomacia.

De volta a Portugal em 1720, foi admittido na secretaria dos negocios do reino e no anno seguinte foi á Roma, como adjunto á missão especial de que fora encarregado o dito seu irmão, a quem elle substituiu com louvavel tino, alcançando para o rei de Portugal o titulo de fidelissimo, para o arcebispo de Lisboa o titulo de patriarcha, e sendo nomeado pelo papa, que era Benedicto VIII, principe romano, titulo que não aceitou por não querer perder sua nacionalidade. Depois disto foi Alexandre de Gusmão nomeado escrivão da puridade ou secretario particular do rei dom João V, e ministro dos negocios ultramarinos, cargo em que prestou serviços valiosissimos ao Brazil, como os da creação dos bispados de Minas-Geraes, S. Paulo e Pará, e a Portugal serviços não menos valiosos até a data do fallecimento deste soberano, em 1750.