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isto é, ser a maçonaria o reducto do ante-Christo, o maior obstaculo que o demonio oppãe á obra de Deus. E terminou: «porque não a ahandona 1 Si cego acredita que lá pôde ser uti! aos homens, como diz, em sua igreja mais ainda pôde ser». Então o padre Azevedo narrou-lhe o seg'uinte, que mais tarde repetiu, entre outros, ao amigo que forneceume taes apontamentos. Seu pae falleceu, deixando-o em estado escolar; sua mãe, pauperrima, tinha de fd.zel-o abandonar os estudos para que tinha decidida vocação, e isso participou-lhe em pranto. Quando resignado se dispunha a aprender um officio, viu que continuava a ser mandado ás aulas e, quando teve de escolher carreira e escolheu a ecclesiastica, foi mandado ao Recife, onde recebeu ordens sacras, terminados os estu10s. Um dia, em summ<:t, lembrou-se de indagar de sua mãe onde encontrava recursos para fazer face ás despezas com sua formatura e ella lhe respondeu: « Tens sido educando da maçonaria. Quando teu pa~ morreu, a loja a que pertenceu, sabendo da penuria em que ficámos, mandou-me dizer que se encarregaria de tua educação.~ Concluiu o padre Azevedo que desde esse momento jurou de otar-se á instituição de tanta magnitude, afim de prestar tambem a outros infelizes o bem que recebera, e perguntou ao bispo si achava justo quebrar SilU espontaneo compromisso, e a resposta foi a suspensão de suas ordens. Escreveu: _ Escla?'ecimentos sobre a machina typographica,! levada 6. exposição nacional, pelo Seu inventor, etc., no anno de 1861. Rio de Janeiro, 1861, 13 pags. in-4 o • - Detts e Pat?-ia: con{erencia publica no edificio do tlJeatro de Santo Antonio, sob os auspicios da maçonf'ria. Pernambuco, 1875, in-8 0 - Esta conferencia foi antes publicada no Boletim do Gra.nde Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil, ns. 1 a 3, de janeiro a março de 1875. E' a sexta das conferencias instituidas pela maçonaria de Pernambuco por occasião da questão religiosa com o fito de esclarecer o publico. E' deste escripto o seguinte fragmento: « ... Sim~ fallo da moml evangelica, que é uml, das ml1Jis palpitantes necessidades dos povos e não dessa moral que desune, separa, expelle, arremessa. Não dessa moral fulminante e até explosiva; mas da que regula, convida, reune, abraça, congraça e congratula os individuos, os povos, as nações e tudo que constitue:1 humanidade. Não, de llenhu01l1 sorte refiro-me aquella moral, em queEse pune em faltas iguaes o fraco, ao mesmo tempo que se isenta forte; mas aquella, em que as cli:tl'el'enças mundanas são esquecidas, afim de dar realce a justiça, ao merito ou demerito. Não é a moral, com que se contrahem na vida esses odios, que perseguem até asepultura. Não é a moral dos anatbemas; mas a