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na imprensa, crearam-Ihe inimigos de quem talvez lhe proviesse tal morte. Redigiu:

- O Correio Constitucional Campista. Campos, 1831, in fol.- Sahiu o l° numero a 1 de janeiro e foi a primeira folha publicada em Campos.

- O Goytacaz Campos, 1831, in-fol.- Esta folha foi mais tarde substituida pelo

- Campista. Campos, 1834, in-fol.- Foi publicado o l° numero a 4 de janeiro; teve interrupção a 21 de dezembro, dia do assassinato de Alypio, ou antes, só sahiu mais um numero a 31 deste mez com sua necrologia, escripta pelo dr. José Gomes da Fonseca .-Parahyba, seu companheiro na redacção. Passou o Campista em 1835 a chamar-se Recopilador. Além dos trabalhoB da imprensa periodica, só conheço de sua penna :

- Memoria sobre o labio loporino - Nu Propagador das sciencias medicas, tomo l°, 1827, pags. 181 e segs.


Francisco José de Arantes - Filho de Felix José de Arantes e dona Thereza Joaquina dos Santos, nasceu na villa, dep:lÍs cidade do Recüe e capital de Pernambuco, a 30 de novembro de 1783, e falleceu em Coimbra, no serviço de Portugal, a 27 de outubro de 1870, sendo doutor em theologia pela universidade de Coimbra, e deão da cathedral desta cidade. Entrara para a extiucta congregação do oratorio de S. Felippe Nery, onde fez os estudos de humanidades, leu vesperas e foi depois mestre de noviços, recebendo as ordens do presbyterado em sua patria. Depois de graduado, foi nomeado, mediante o respectivo concurso em 1823, lente substituto da mesma faculdade e da mesma universidade. Em 1834, p')rém, foi elle exoneracIo dessa cadeira, assim como outros distinctissimos lentes, em consequencia das convulsões politicas que abalaram Portugal até no recinto das scieucias, e então elle, que já occupava uma cadeira de conego doutoral da sé de Faro, no Algarve, por nomeação de 15 de janeiro de 1831, passou a occupar a de chantre em Coimbra, sendo mais tarde elevado á dignidade de deão, cujo cargo OCCUPOll, até fallecer, exercendo por mais de uma vez o cargo de vigario capitular do bispado. Escreveu:

- Compendio de chronologia mathematica e historica, extrahido dos melhores autores. Coimbra, 1825, 83 pags. in-8) - O revisor da universidade, Joaquim Ignacio de Freitas, fez diversas censuras a este livro, de que resultou uma polemica com o autor, terminada por um processo contra o mesmo revisor e com a reimpressão da obra, mais oorrecta e augmentada, em Lisboa, 1826, sendo recolhidos pelo autor os exemplares da outra edição.