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deputado provincial desde 1866; deputado geral pela provincia de Goyaz na 14ª legislatura e pela do Rio de Janeiro na seguinte. Além de muitos trabalhos em folhas politicas, escreveu:

Paginas da historia constitucional do Brazil, 1840-1848. Rio de Janeiro, 1870, 533 pags. in-4°. (V. Tito Franco de Almeida.) Ha alguns escriptos de sua penna do tempo de estudante, como o

Discurso recitado na sessão funebre, celebrada pelas associações academicas Atheneo e Ensaio litterario á memoria do Dr. Gabriel Rodrigues dos Santos, 1859.


Luiz José da Costa — Nascido na cidade da Bahia pelo anno de 1825 e ahi fallecido a 27 de dezembro de 1880, era doutor em medicina pela faculdade da mesma cidade, lente de geographia e historia antiga e média do lyceu, tambem bibliotbecario deste estabelecimento. Apresentou-se em mais de um concurso para lente substituto daquella faculdade e escreveu:

These apresentada á Faculdade de Medicina da Bahía, para obter o gráo de doutor. Bahia, 1847, in-4° gr.

Acção physiologica e therapeutica do opio: these defendida em publico perante a Faculdade de Medicina da Bahia em junho de 1857. Bahia, 1857, in-4° gr.

Febres palustres Segundo concurso para os lagares de oppo· sUores da secção medica da Faculdade medica da Bahia. Dissertação e proposição, etc. Ballia, 1860, in-4° gr. Escreveu mais uma — These para o concurso á cadeira de geographia e historia do Lyceu da Bahia, etc.


Luiz José Junqueira Freire — Filho de José Vicente de Sá Freire e dona Felicidade Augusta Junqueira, nasceu na capital da Bahia a 31 de dezembro de 1832 e falleceu a 24 de junho de 1855, arrastando a curta existencia de 23 annos sob o peso da cruz do martyrio que pelo destino lhe coube. Ainda na infancia foi acommettido de uma atrecção cardiaca, que deixou-lhe na physionomia o stygma do soffrimento ; apenas entrado na adolescencia, foi preso de uma paixão amorosa tão ardente quanto infeliz, a primeira e unica que teve e que levou-o a abraçar a vida monastica, vestindo o habito dos monges benedictinos a 9 de fevereiro de 185l e professando com o nome de frei Luiz de Santa Escolastica a 29 de março de 1852, depois de haver affagado a idéa, do suicidio. Na solidão, porém, do claustro, na cella do monge que elle procurou como um tumulo, nunca a imagem adorada abandonou-o; não valeram para isso o estudo acurado