Vinhos das copas vérte, e a alma evoca
E do Acheronte os remettidos manes
Do grande genitor. Segundo as posses,
Ninguem se escusa: as aras espontaneos
105De dons oneram, víctimas derribam;
As caldeiras em fila outros collocam,
Ou, na relva espalhados, em brazidos
Viram espetos e as entranhas assam.
Alvo o dia anhelado já conduzem
110De Phaetonte os cavallos; e os vizinhos
O ruído alvoroça, e o claro nome
De Acestes: quaes por vêr o heroe e os socios,
Quaes promptos ao certame, a praia inundam.
Laureas no medio circo se alardêam,
115Trípodes sacras, preciosas palmas
Aos vencedores; vestes purpurinas,
Talentos de ouro e prata, e ricas armas:
D’alto apregoa a tuba e os ludos canta.
O pário encetam com pausado remo
120Quatro cascos irmãos, da frota eleitos.
Mnestheu, que de Italo o appellido teve,
Mnestheu, de Memmio tronco, a veloz Pristis
Com acre chusma; e a gran’Chimera Gyas
Manda, mobil cidade e mole immensa,
125Que os Teucros jovens de concerto impellem,
Com tres acclamações ás tres pancadas
Da voga desferida: autor Sergesto
Dos nobres Sergios, na Centauro ingente;
E na azul Scylla embarca-se Cloantho,
130Que he, Romano Cluencio, a origem tua.
Contra a espumosa praia, alêm demora
Penedo, que submerso, emquanto o hyberno
Cauro os astros esconde, o açoutam vagas
Tumidas: calmo o tempo, adormecido
135Cala, e da immovel onda um campo surge,