Á pugna se interpondo, ao moído joven
Salva, e o mitiga assim: «Que insania a tua!
Triste! um poder não sentes sobre-humano?
Cede ao nume.» E fallando a briga aparta.
490Fiéis socios com Dares, que a nutante
Cabeça e os fracos joelhos mal sustendo,
Mistos coalhado sangue e dentes cospe,
Vam-se ás naus; advertidos, com a espada
O elmo tomando, a rez e a palma deixam
495Ao vencedor, que altivo se ufanêa:
«Olhai, de Venus filho, e vós Troianos,
O que eu seria em moço, e a morte certa
De que o livrastes.» Pára, em se affrontando
Ao touro, premio seu, que em pé se tinha;
500Libra-se a prumo, atrás retira a dextra,
Entre os cornos assenta os duros céstos,
Quebra-lhe o craneo, o cerebro esmigalha:
Prostra-se, arca e no chão se estira o boi.
Sôbre elle o heroe exclama: «Em vez do Phrygio
505Melhor te sagro est’alma; os céstos, Eryx,
E a arte victorioso aqui reponho.»
Já, com dons, a quem jogue a setta alada
Convida Enéas; faz que a gente erija
Do baixel de Seresto um mastro, e appensa
510Do tope n’um cordel volante pomba,
Alvo dos tiros. Os varões concorrem,
E em bronzeo capacete as sortes lançam:
Começou pelo Hyrtacio Hippocoonte
Com ruídoso favor; Mnestheu seguiu-se,
515Mnestheu que inda cingia a verde oliva
Do certame naval; sahiu terceiro
Teu irmão Eurycion, Pandaro eximio,
Que, mandado a romper outrora os pactos,
Contra os Acheus a vira desparaste:
520Do elmo ficou no fundo o velho Acestes,