Hostilizasse? Á Italia, fado seja,
Foi-se a impulsos das furias de Cassandra:
Nós o forçámos a largar a praça,
A vida entregue aos ventos? a um menino
70Confiar o commando? a fé tyrrhena
E a paz turbar dos povos? A taes faltas
Qual nume o arrasta, qual dureza nossa?
Iris baixou do céo, entra aqui Juno?
He mao que Ilio nascente as flammas cinjam,
75E ao paiz ame Turno, o de Venilia
Deusa nado e tresneto de Pilumno:
Que importa que atro facho Ilio sacuda,
Subjugue o Lacio, atheios campos tale?
Que sogros fraude, a noivos tire noivas?
80Que armas nas pôpas fixe e o ramo arvore?
Roubar da achiva garra o filho podes,
Por vã nevoa trocal-o; a frota em nymphas
Tu podes converter: um pouco a Turno
Soccorrermos he crime. Enéas tudo
85Ausente ignora: pois ignore ausente.
Que! tens Paphos, Cythera, Idalio; e tentas
Um chão de guerras prenhe e a peitos feros?
Nós de Ilio os debeis restos subvertemos,
Ou quem miseros Troas contra os Gregos
90Assulou? Foi por nós que o rapto armado
Solvera de Asia e Europa as allianças?
Que o Phrygio adultero espugnara Espartha?
Eu lides fomentei com paixões torpes?
Teu medo então convinha: tarde surges
95Com injusto queixume e futil bulha.»
Juno orava; os celícolas sussurram
Com vário assenso, qual primeiro os sopros
Na mata a murmurar voltêam cegos,
Annúncio da procella ao marinheiro.
100Do arbitro poderoso ao grave accento,