Da praia intenta e obstar ao desembarque.
Incita, exhorta: «O ensejo desejado
Eil-o, varões; obrai, que o marte mesmo
Se vos entrega: espôsa e lar vos lembrem,
280Lembrem-vos patrios feitos gloriosos;
Accorramos á borda e os encontremos,
Trépido o passo emquanto lhes vacilla:
Audazes a fortuna favorece.»
Nisto, elege os que o sigam nesta empresa,
285Outros incumbe de manter o assédio.
Já lá das pôpas lança o Teucro pranchas.
Taes á espera do languido refluxo,
Taes os remos fincando, aos baixos pulam.
Onde nem brotam váos, nem rechassada
290Remuge a onda, mas se alisa mansa
Do fluxo no montar, observa Tárchon;
Rapido as proas vira, e aos nautas insta:
«Picai voga, eia, alçai-vos, gente forte,
Impelli-me os baixéis; que os rostros fendam
295O solo hostil, e sulco se abra a quilha.
He nada o naufragar, se pojo em terra.»
Elle ordena, e estribando ao remo investem;
Os barcos a espumar direito abicam,
Até que os esporões em sêcco varam,
300E illesos cascos assentaram, menos
A tua pôpa, Tárchon; pois de iniquo
Dorso encalhada pende, um tempo nuta,
Maretas cansam-na, e desfeita vasa
N’agua a turba varoil, que fracturados
305Bancos e remos á matroca impedem,
E a ressaca a repulsa e os pés lhe embarga.
Nada ignavo, o acre Turno contra os Phrygios
A hoste arremessa toda, e a praia occupa.
Toca á degolla. Enéas fausto a enceta
310Sôbre o agreste esquadrão; rompe os Latinos,