onde vivia Arhat, logo a mulher, cujo nome era Dorka, corria a deter-me, medonha na sua roupa de seda, às listas, que lhe dava o aspeto repugnante de uma cobra a prumo.

Às vezes, raivosa, em frenesi, rilhando a dentuça apuada, prendia-me no quarto, mais do que em correntes, só com o poder dos seus olhos magnéticos que me tolhiam tirando-me toda a energia e a própria consciência.

Apenas de manhã e à tarde consentia que eu ficasse à janela olhando tristemente os longes nublados da terra desconhecida que o meu coração desejava com ânsia.

Despertava-me cedo, ao primeiro luzir do sol, acompanhava-me ao banho, ajudava-me a vestir e comigo tomava a refeição da manhã.

Nem às horas de lição abandonava-me. Encolhida a um canto, as pernas cruzadas, não tirava de mim os olhos afiados, enquanto os professores (todos abaçanados e glabros) me iam explicando as várias ciências, exercitando-me em idioma diversos, guiando-